segunda-feira, 18 de agosto de 2014

GOLEADORES PORTISTAS - Nª 69












JOSÉ PEDROTO - Goleador Nº 69

Apontou 32 golos em 176 jogos em que participou com a camisola do FC Porto, durante as oito temporadas em que esteve ao seu serviço (1952/53 a 1959/60).

José Maria de Carvalho Pedroto, nasceu no dia 21 de Outubro de 1928, em Almacave, concelho de Lamego, local onde, segundo reza a História de Portugal, o Rei D. Afonso Henriques realizou as suas primeiras Cortes com vista à fundação do nosso país.

Filho de um capitão do exército, Pedroto rumou à cidade do Porto, com sete anos de idade, acompanhando o seu progenitor que tinha sido colocado num quartel desta cidade. Frequentou um colégio bem próximo do Campo da Constituição, onde terá  alimentado o sonho de se tornar jogador de futebol. Foi mesmo nos infantis portistas que começou a desenvolver as suas capacidades técnicas.

Com 10 anos foi viver para Pedras Rubras e as dificuldades de deslocação motivaram a sua saída das escolas portistas. Mas o seu amor pelo futebol não esmoreceu. Passados alguns anos, conjuntamente com alguns amigos fundou o Pedras Rubras, clube do qual se tornaria Presidente e capitão da equipa.

Pedroto tinha no entanto outras ambições e em 1946 ingressou nos júniores do Leixões onde pôde patentear todo o seu potencial futebolístico, actuando na linha média, como interior. Jogou na equipa sénior, na categoria de reservas até ao final da temporada de 1948/49.

A tropa obrigou-o a rumar ao Sul do país, motivo pelo qual ingressou no Lusitano FC, de Vila Real de Santo António, na temporada de 1949/50. As suas excelentes exibições despertaram o interesse de Belenenses, FC Porto, Benfica, Académica de Coimbra e dos dois Vitórias, o de Setúbal e o de Guimarães. Pedroto optou pelo clube azul de Lisboa por ter sido o primeiro com quem se tinha comprometido, apesar do FC Porto lhe oferecer melhor contrato.

Na equipa da Cruz de Cristo, Pedroto voltou a deslumbrar. Compensava a sua franzina compleição física, com um enorme talento, técnica apurada, rapidez e simplicidade de execução. Inteligência, magnifica leitura de jogo, grande qualidade de passe e hábil nas desmarcações, faziam dele um jogador de eleição. Estreou-se na Selecção Nacional em Abril de 1952, pela mão do seleccionador nacional Cândido de Oliveira.

Por isso, o FC Porto não desistiu de o contratar e antes do início da época de 1952/53 Pedroto assinou finalmente pelos Dragões, protagonizando a transferência mais cara do futebol português, até então (150.000 escudos).























A sua estreia oficial com a camisola portista aconteceu no dia 28 de Setembro de 1952, em Guimarães, contra o Vitória local, em jogo da 1ª jornada do Campeonato nacional, com vitória azul e branca, por 1-0.

Ao serviço dos Dragões viria a conquistar dois campeonatos nacionais e duas taças de Portugal, tornando-se num dos principais pilares da equipa. Voltaria à selecção nacional por mais 16 ocasiões (ver aqui).
















No final da temporada de 1959/60, Pedroto pôs o ponto final na carreira de jogador de futebol para se dedicar à de treinador, com enorme sucesso,  um bom assunto aliás para um novo post, tanto o que há a dizer sobre essa outra faceta desta figura ímpar do futebol nacional.

Palmarés ao serviço do FC Porto (4 títulos):
2 Campeonatos nacionais (1955/56 e 1958/59)
2 Taças de Portugal (1955/56 e 1957/58)

Fontes: Almanaque do FC Porto, de Rui Miguel Tovar; História Oficial do FC Porto, de Alfredo Barbosa e Figuras e Factos, de J. Tamagnini Barbosa e Manuel Dias. 

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